Analisando Propostas Eleitorais para Municípios Sustentáveis
Nestas eleições municipais de 2024, o futuro das nossas cidades está em jogo. Neste artigo, analisamos as propostas eleitorais que buscam transformar os municípios em espaços sustentáveis, acessíveis e justos. Descubra como avaliar as plataformas políticas e o que esperar dos candidatos que realmente se comprometem com um urbanismo mais inclusivo e transparente. Leia e faça sua escolha com consciência.
POLÍTICAS URBANAS EM ELEIÇÕES MUNICIPAIS
Miguel Ostoja Roguski
9/9/20243 min read


Chegando as eleições municipais de 2024, e o debate sobre município e urbanismo sustentável ganha cada vez mais relevância. Esse tema emerge como um dos principais pilares das propostas eleitorais, com diferentes candidatos oferecendo soluções variadas para transformar as cidades em espaços mais verdes, acessíveis e preparados para o futuro.
Plataformas Políticas: Saber Separar o Joio do Trigo
Analisar as plataformas políticas dos candidatos às prefeituras brasileiras revela que a complexidade das cidades e do tempo presente exige além das promessas superficiais. Entre aqueles que apresentam propostas genuinamente voltadas ao bem-estar dos municípios, destaca-se um compromisso real com o desenvolvimento sustentável, a justiça social e a inclusão. Estes candidatos não apenas identificam as necessidades urbanas, como também oferecem soluções factíveis, ancoradas em princípios como a ampliação de áreas verdes, o incentivo ao transporte público limpo e acessível, e o fortalecimento dos serviços públicos essenciais. Sua visão de cidade não se limita a melhorar a infraestrutura, mas busca construir um ambiente mais justo e harmonioso, no qual todos os cidadãos tenham voz e acesso igualitário aos benefícios urbanos.
Por outro lado, há candidatos cujas plataformas são fundamentadas em ideologias que promovem a concentração de riqueza e o enfraquecimento das instituições públicas. Suas propostas, ao invés de solucionar os problemas reais das cidades, tendem a agravá-la, favorecendo diminutos, coronelistas, grupos econômicos e sociais, perpetuando desigualdades, precarizando os serviços públicos (como em Porto Alegre) e excluindo a maioria da população dos processos de decisão. Esses candidatos muitas vezes empregam discursos de ódio, baseados em divisões ideológicas e preconceitos, minando a coesão social necessária para o desenvolvimento urbano.
Esses políticos, ao atacar as organizações públicas e propor a privatização de serviços essenciais como saúde, educação e transporte, colocam em risco o próprio conceito de cidade como um espaço coletivo e de bem-estar comum. A destruição das estruturas públicas do Estado representa uma ameaça direta ao desenvolvimento das cidades, pois essas instituições são responsáveis por garantir direitos básicos e oferecer serviços fundamentais para a qualidade de vida urbana.
Portanto, a diferença entre candidatos com propostas pertinentes e aqueles que promovem ideologias prejudiciais está na capacidade de reconhecer e valorizar o papel do Estado na promoção do bem-estar coletivo. Candidatos com propostas voltadas ao interesse público apresentam planos sustentáveis, com preocupações práticas e éticas. Já aqueles que promovem o ódio e a concentração de poder, ignoram as demandas reais dos munícipes e põem em risco a coesão social e o desenvolvimento equitativo. Avaliar essas distinções é um dever essencial dos eleitores, que devem priorizar projetos inclusivos e responsáveis em vez de discursos destrutivos e antidemocráticos.
O que podemos esperar dos candidatos?
Nas eleições municipais de 2024, tanto para prefeitos quanto para vereadores, espera-se um aprofundamento das discussões em torno de questões-chave como o urbanismo sustentável, a inclusão social e a transparência na gestão pública. Esses temas estão cada vez mais no centro das campanhas eleitorais, refletindo a necessidade urgente de cidades mais preparadas para lidar com os desafios ambientais e sociais que se intensificam.
Para os prefeitos, as propostas devem ser voltadas à criação de políticas públicas que abranjam desde a gestão de resíduos sólidos e a promoção de energias limpas até o desenvolvimento de um transporte público eficiente e acessível. Essas iniciativas precisam estar integradas a uma visão de longo prazo que leve em consideração o impacto das mudanças climáticas e o crescimento populacional desordenado. Além disso, prefeitos comprometidos devem oferecer planos claros de revitalização de áreas urbanas degradadas e de expansão de áreas verdes, garantindo a melhoria da qualidade de vida para os cidadãos.
Já no caso dos vereadores, espera-se que atuem como fiscalizadores atentos da gestão municipal, propondo leis que favoreçam o desenvolvimento sustentável e a proteção do interesse público. É essencial que esses candidatos promovam iniciativas legislativas que garantam a participação cidadã, como a criação de audiências públicas e a formação de conselhos populares que tenham voz ativa nas decisões sobre o uso do solo e o planejamento urbano. Eles também devem ser guardiões da transparência, cobrando prestação de contas e facilitando o acesso da população às informações sobre os projetos e investimentos da prefeitura.
Em ambas as esferas, a transparência e o compromisso com a participação popular são pilares indispensáveis. Os eleitores precisam estar atentos àqueles candidatos que demonstram verdadeira disposição em criar um governo colaborativo e aberto ao diálogo com a sociedade. A construção de cidades sustentáveis e inclusivas deve ser um projeto conjunto entre os gestores públicos e a população, com o foco em resultados práticos que beneficiem o coletivo e não apenas grupos específicos.